
União de Nações Sul-Americanas: O combate ao Narcotráfico
O narcotráfico é um fenômeno extremamente complexo que envolve o cultivo, a produção e a venda de drogas ilícitas; processos esses liderados, geralmente, pelos chamados cartéis. Um cartel é comumente definido com uma "empresa transnacional dedicada ao tráfico de drogas ilegais, que não paga impostos e gera os maiores lucros" (SANTANA, 1999, p.101).
A mercadoria comercializada no tráfico ilegal de drogas atravessa as diversas faces da dinâmica de mercado, estando, portanto, inserida em um processo produtivo e obedecendo à lei da oferta e da demanda. A partir de 1970, com a intensificação dos fluxos de bens de consumo, tanto de pessoas como de capital, o tráfico internacional de drogas também se globalizou. Nesse processo, concentraram-se nos países latino-americanos e asiáticos o cultivo e a colheita das plantas utilizadas como matéria-prima na fabricação de drogas tóxicas.
A UNASUL é uma organização intergovernamental formada pelas doze nações da América do Sul – Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Colômbia, Equador, Guiana, Paraguai, Peru, Suriname, Uruguai e Venezuela –, além da participação, como observadores, de dois países: México e Panamá. Seu objetivo é promover a integração regional nos aspectos cultural, econômico, político e social, respeitando a realidade particular de cada nação.
Tendo em vista a gravidade do problema do narcotráfico na região, uma das principais metas da UNASUL é combater essa atividade na região. Para tanto, foi criado o Conselho Sul-Americano sobre o Problema Mundial das Drogas (ISAGS). Esse Conselho é de fundamental importância para a região, tendo visto que na América do Sul estão os maiores produtores de cocaína do mundo: a Bolívia, a Colômbia e o Peru.
Diante desse quadro, a UNASUL da I SIUR buscará discutir as medidas que podem ser empreendidas em conjunto pelos países membros dessa organização para o tratamento do problema do narcotráfico na região. Algumas das questões em pauta serão: o fortalecimento da segurança nas áreas fronteiriças; medidas educacionais e de consciência para os problemas das drogas; políticas de subsídios para os agricultores para substituírem suas plantações ilícitas por outros cultivos; entre outras.