
Conselho de Segurança: A crise no Mali
Apesar da crise no Mali ter sua origem na década de 1960, os acontecimentos mais recentes e o envolvimento dos insurgentes com organizações terroristas e criminosas tornam o conflito muito mais problemático. As ondas de violência crescente juntamente com a falta de recursos por parte do governo do Mali levaram a uma maior mobilização regional e à ação das potências (EUA, Inglaterra, França) como forma de combater o movimento insurgente, agora sob o discurso de combate contra o terrorismo e o crime transnacional.
Em 2012, insurgentes da etnia tuaregue (os quais são aliados de um movimento islâmico radical vinculado à Al-Qaeda) tomaram o norte do país, declarando a independência da região denominada de Azawad. A partir disso iniciou-se um período de violência e, ao invés de controlar somente a região norte do país, os insurgentes ameaçaram tomar a capital. Com isso, o governo do Mali pediu ajuda à França em 2013, que concordou em intervir no conflito.
No mesmo ano, o Conselho de Segurança da ONU iniciou uma negociação para o estabelecimento de um processo de pacificação desse território. Diante disso, elaborado como um comitê histórico, o Conselho de Segurança da primeira SiUR terá como objetivo debater os meios pelos quais uma missão de estabilização do Mali deve ser articulada. Para tanto deverá ser considerado o histórico da região, assim como quais os grupos locais presentes e seus interesses, além do papel das grandes potências na questão. Temas como soberania, crimes transnacionais, terrorismo, responsabilidade e cooperação serão centrais nos debates. Por outro lado, espera-se que os interesses locais sejam discutidos, considerando os efeitos possivelmente danosos de intervenções externas nos conflitos locais.